David Duchovny (o Fox Mulder de Arquivo X) lidera o elenco da comédia sobre um escritor viciado em sexo e drogas e que luta para criar a filha cuja custódia divide com a ex-mulher Karen (Natascha McElhone da mini-série Revelations) por quem ainda nutre uma paixão.
Uma divertidíssima e esperta comédia adulta estrelando o eterno Fox Mulder da clássica Arquivo X. O episódio piloto da série faz rir, choca e ao mesmo tempo seduz quem assiste, com uma singularidade ímpar no gênero. Não só as situações e os diálogos são bons, como também a performance inspirada e totalmente à vontade de Duchovny (que também produz a série) como o escritor Hank Moody, personagem que me fez lembrar um pouco o Dr. Christian Troy de Nip Tuck. Um sujeito viciado em sexo e em conquistas amorosas moralmente reprováveis, mas que difere daquele por demonstrar uma certa dose de conflito interessante em suas ações. E dizer isso é esbarrar na luta de Hank para resistir (ou não) às tentações da carne ao mesmo tempo em que tenta dar um bom exemplo à filha adolescente e se reaproximar da ex-mulher, isso sem falar na busca pela inspiração para escrever que parece lhe ter escapado.